terça-feira, 25 de agosto de 2015


DRE..três letrinhas que podem mudar o destino da sua Transportadora ou Operador Logístico

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda



DRE, você sabe o que signfica?

DRE é a abreviação de Demonstração do Resultado do Exercício. Trata-se de uma ferramenta de gestão que sintetiza o resultado de uma empresa em um determinado período. De forma vertical, relaciona receitas, custos e depesas, e permite visualizarmos, ao seu final, o lucro líquido do período considerado.

A DRE deve discriminar:
- a receita bruta obtida com a comercialização dos serviços prestados (ROB);
- as deduções das vendas, que normalmente consideram os descontos concedidos aos Clientes e os impostos incidentes sobre as vendas (PIS, COFINS e ICMS; em alguns casos, ISS);
- a receita operacional líquida (ROL);
- o custo dos serviços prestados (CSP), que englobam os custos com frota própria, terceiros, instalações físicas e estrutura de pessoal dedicada à operação;
- as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
- o lucro ou prejuízo operacional;
- as outras receitas e as outras despesas não operacionais;
- o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
- a provisão para os impostos;
- e por fim, o lucro líquido obtido.

Mais do que um simples demonstrativo de receitas, custos e despesas, a DRE é uma poderosa ferramenta para a gestão das Transportadoras e dos Operadores Logísticos. A partir da comparação com parâmetros ideais e com os parâmetros de mercado, a DRE permite-nos identificar distorções nas principais contas, principalmente quando tratamos dos custos e das despesas. Ela funciona como um “dedo-duro”, denunciando erros e acertos, direcionando nossos esforços em busca de uma maior rentabilidade.

Se aberta por Unidade de Negócio ou Filial, ou melhor ainda, por Cliente, a DRE nos proporcionará a tomada de decisão “cirúrgica”, permitindo agirmos exatamente no ponto crucial para a melhoria dos resultados.Isso significará, por exemplo, uma mudança na política de preços praticada, ou a adequaçãode determinados procedimentos operacionais, ou ainda a realização de ajustes na estrutura para conter ou reduzir alguns custos ou despesas.

Mas esses parâmetros ideais da DRE realmente existem? Sim, claro. E podem ser calculados para diferentes tipos de operações, seja a sua empresa um armazém geral, uma transportadora de carga lotação ou de carga fracionada, etc.

Embora seja considerada um pré-requisito para a gestão das empresas, a DRE é ainda pouco utilizada nas Transportadoras e em Operadores Logísticos. A maior dificuldade está na obtenção dos dados, e em contar com recursos qualificados para a sua análise e tomada de decisão. A cultura da tomada de decisão baseada no “feeling” ainda sobressai nas empresas, e acaba, de uma forma ou de outra, não incentivando o desenvolvimento da DRE e de outras ferramentas de gestão.

Por outro lado, empresas “maduras” usam a DRE de forma exaustiva, e complementam suas análises com outras ferramentas como fluxo de caixa, balanços e balancetes, índices financeiros, demonstrações de origem e aplicação dos recursos, etc.

Se a sua empresa pertence ao primeiro grupo, aquele que ainda sobrevive de achismos e especulações, fica aqui um alerta: já passou da hora de se estruturar adequadamente e contar com essas ferramentas. O risco é grande. Importantes decisões podem não estar sendo tomadas!

Agora, se a sua empresa transformou a DRE em uma prática do dia a dia, e a utiliza com naturalidade, parabéns. Vocês estão no caminho certo, e se ainda não colheram os frutos desejados, em breve colherão. É uma questão de tempo!


Bom trabalho e sucesso a todos!
DRE..três letrinhas que podem mudar o destino da sua Transportadora ou Operador Logístico

Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda




DRE, você sabe o que signfica?

DRE é a abreviação de Demonstração do Resultado do Exercício. Trata-se de uma ferramenta de gestão que sintetiza o resultado de uma empresa em um determinado período. De forma vertical, relaciona receitas, custos e depesas, e permite visualizarmos, ao seu final, o lucro líquido do período considerado.

A DRE deve discriminar:
- a receita bruta obtida com a comercialização dos serviços prestados (ROB);
- as deduções das vendas, que normalmente consideram os descontos concedidos aos Clientes e os impostos incidentes sobre as vendas (PIS, COFINS e ICMS; em alguns casos, ISS);
- a receita operacional líquida (ROL);
- o custo dos serviços prestados (CSP), que englobam os custos com frota própria, terceiros, instalações físicas e estrutura de pessoal dedicada à operação;
- as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
- o lucro ou prejuízo operacional;
- as outras receitas e as outras despesas não operacionais;
- o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
- a provisão para os impostos;
- e por fim, o lucro líquido obtido.

Mais do que um simples demonstrativo de receitas, custos e despesas, a DRE é uma poderosa ferramenta para a gestão das Transportadoras e dos Operadores Logísticos. A partir da comparação com parâmetros ideais e com os parâmetros de mercado, a DRE permite-nos identificar distorções nas principais contas, principalmente quando tratamos dos custos e das despesas. Ela funciona como um “dedo-duro”, denunciando erros e acertos, direcionando nossos esforços em busca de uma maior rentabilidade.

Se aberta por Unidade de Negócio ou Filial, ou melhor ainda, por Cliente, a DRE nos proporcionará a tomada de decisão “cirúrgica”, permitindo agirmos exatamente no ponto crucial para a melhoria dos resultados.Isso significará, por exemplo, uma mudança na política de preços praticada, ou a adequaçãode determinados procedimentos operacionais, ou ainda a realização de ajustes na estrutura para conter ou reduzir alguns custos ou despesas.

Mas esses parâmetros ideais da DRE realmente existem? Sim, claro. E podem ser calculados para diferentes tipos de operações, seja a sua empresa um armazém geral, uma transportadora de carga lotação ou de carga fracionada, etc.

Embora seja considerada um pré-requisito para a gestão das empresas, a DRE é ainda pouco utilizada nas Transportadoras e em Operadores Logísticos. A maior dificuldade está na obtenção dos dados, e em contar com recursos qualificados para a sua análise e tomada de decisão. A cultura da tomada de decisão baseada no “feeling” ainda sobressai nas empresas, e acaba, de uma forma ou de outra, não incentivando o desenvolvimento da DRE e de outras ferramentas de gestão.

Por outro lado, empresas “maduras” usam a DRE de forma exaustiva, e complementam suas análises com outras ferramentas como fluxo de caixa, balanços e balancetes, índices financeiros, demonstrações de origem e aplicação dos recursos, etc.

Se a sua empresa pertence ao primeiro grupo, aquele que ainda sobrevive de achismos e especulações, fica aqui um alerta: já passou da hora de se estruturar adequadamente e contar com essas ferramentas. O risco é grande. Importantes decisões podem não estar sendo tomadas!

Agora, se a sua empresa transformou a DRE em uma prática do dia a dia, e a utiliza com naturalidade, parabéns. Vocês estão no caminho certo, e se ainda não colheram os frutos desejados, em breve colherão. É uma questão de tempo!


Bom trabalho e sucesso a todos!


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