DRE..três letrinhas que
podem mudar o destino da sua Transportadora ou Operador Logístico
Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da
Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda
DRE, você sabe o que signfica?
DRE é
a abreviação de Demonstração do Resultado do Exercício. Trata-se de
uma ferramenta de gestão que sintetiza o resultado de uma empresa em um
determinado período. De forma vertical, relaciona receitas, custos e depesas, e
permite visualizarmos, ao seu final, o lucro líquido do período considerado.
A DRE
deve discriminar:
- a receita bruta obtida com a comercialização dos serviços prestados
(ROB);
- as deduções das vendas,
que normalmente consideram os descontos concedidos aos Clientes e os impostos
incidentes sobre as vendas (PIS, COFINS e ICMS; em alguns casos, ISS);
- a receita operacional
líquida (ROL);
- o custo dos serviços
prestados (CSP), que englobam os custos com frota própria, terceiros,
instalações físicas e estrutura de pessoal dedicada à operação;
- as despesas com as
vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e
administrativas, e outras despesas operacionais;
- o lucro ou prejuízo
operacional;
- as outras receitas e as
outras despesas não operacionais;
- o resultado do
exercício antes do Imposto sobre a Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL);
- a provisão para os
impostos;
- e
por fim, o lucro líquido obtido.
Mais
do que um simples demonstrativo de receitas, custos e despesas, a DRE é uma
poderosa ferramenta para a gestão das Transportadoras e dos Operadores
Logísticos. A partir da comparação com parâmetros ideais e com os parâmetros de
mercado, a DRE permite-nos identificar distorções nas principais contas,
principalmente quando tratamos dos custos e das despesas. Ela funciona como um
“dedo-duro”, denunciando erros e acertos, direcionando nossos esforços em busca
de uma maior rentabilidade.
Se
aberta por Unidade de Negócio ou Filial, ou melhor ainda, por Cliente, a DRE nos proporcionará a tomada de decisão
“cirúrgica”, permitindo agirmos exatamente no ponto crucial para a melhoria dos
resultados.Isso significará, por exemplo, uma mudança na política de preços
praticada, ou a adequaçãode determinados procedimentos operacionais, ou ainda a
realização de ajustes na estrutura para conter ou reduzir alguns custos ou
despesas.
Mas
esses parâmetros ideais da DRE realmente existem? Sim, claro. E podem ser
calculados para diferentes tipos de operações, seja a sua empresa um armazém
geral, uma transportadora de carga lotação ou de carga fracionada, etc.
Embora
seja considerada um pré-requisito para a gestão das empresas, a DRE é ainda
pouco utilizada nas Transportadoras e em Operadores Logísticos. A maior dificuldade
está na obtenção dos dados, e em contar com recursos qualificados para a sua
análise e tomada de decisão. A cultura da tomada de decisão baseada no
“feeling” ainda sobressai nas empresas, e acaba, de uma forma ou de outra, não
incentivando o desenvolvimento da DRE e de outras ferramentas de gestão.
Por
outro lado, empresas “maduras” usam a DRE de forma exaustiva, e complementam
suas análises com outras ferramentas como fluxo de caixa, balanços e
balancetes, índices financeiros, demonstrações de origem e aplicação dos
recursos, etc.
Se a
sua empresa pertence ao primeiro grupo, aquele que ainda sobrevive de achismos
e especulações, fica aqui um alerta: já passou da hora de se estruturar
adequadamente e contar com essas ferramentas. O risco é grande. Importantes
decisões podem não estar sendo tomadas!
Agora,
se a sua empresa transformou a DRE em uma prática do dia a dia, e a utiliza com
naturalidade, parabéns. Vocês estão no caminho certo, e se ainda não colheram
os frutos desejados, em breve colherão. É uma questão de tempo!
Bom
trabalho e sucesso a todos!
DRE..três letrinhas que
podem mudar o destino da sua Transportadora ou Operador Logístico
Artigo escrito por Marco
Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em
Logística Ltda
DRE, você sabe o que signfica?
DRE é
a abreviação de Demonstração do Resultado do Exercício. Trata-se de
uma ferramenta de gestão que sintetiza o resultado de uma empresa em um
determinado período. De forma vertical, relaciona receitas, custos e depesas, e
permite visualizarmos, ao seu final, o lucro líquido do período considerado.
A DRE
deve discriminar:
- a receita bruta obtida com a comercialização dos serviços prestados
(ROB);
- as deduções das vendas,
que normalmente consideram os descontos concedidos aos Clientes e os impostos
incidentes sobre as vendas (PIS, COFINS e ICMS; em alguns casos, ISS);
- a receita operacional
líquida (ROL);
- o custo dos serviços
prestados (CSP), que englobam os custos com frota própria, terceiros,
instalações físicas e estrutura de pessoal dedicada à operação;
- as despesas com as
vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e
administrativas, e outras despesas operacionais;
- o lucro ou prejuízo
operacional;
- as outras receitas e as
outras despesas não operacionais;
- o resultado do
exercício antes do Imposto sobre a Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o
Lucro Líquido (CSLL);
- a provisão para os
impostos;
- e por
fim, o lucro líquido obtido.
Mais
do que um simples demonstrativo de receitas, custos e despesas, a DRE é uma
poderosa ferramenta para a gestão das Transportadoras e dos Operadores
Logísticos. A partir da comparação com parâmetros ideais e com os parâmetros de
mercado, a DRE permite-nos identificar distorções nas principais contas,
principalmente quando tratamos dos custos e das despesas. Ela funciona como um
“dedo-duro”, denunciando erros e acertos, direcionando nossos esforços em busca
de uma maior rentabilidade.
Se
aberta por Unidade de Negócio ou Filial, ou melhor ainda, por Cliente, a DRE nos proporcionará a tomada de decisão
“cirúrgica”, permitindo agirmos exatamente no ponto crucial para a melhoria dos
resultados.Isso significará, por exemplo, uma mudança na política de preços praticada,
ou a adequaçãode determinados procedimentos operacionais, ou ainda a realização
de ajustes na estrutura para conter ou reduzir alguns custos ou despesas.
Mas
esses parâmetros ideais da DRE realmente existem? Sim, claro. E podem ser
calculados para diferentes tipos de operações, seja a sua empresa um armazém
geral, uma transportadora de carga lotação ou de carga fracionada, etc.
Embora
seja considerada um pré-requisito para a gestão das empresas, a DRE é ainda
pouco utilizada nas Transportadoras e em Operadores Logísticos. A maior
dificuldade está na obtenção dos dados, e em contar com recursos qualificados
para a sua análise e tomada de decisão. A cultura da tomada de decisão baseada
no “feeling” ainda sobressai nas empresas, e acaba, de uma forma ou de outra,
não incentivando o desenvolvimento da DRE e de outras ferramentas de gestão.
Por
outro lado, empresas “maduras” usam a DRE de forma exaustiva, e complementam
suas análises com outras ferramentas como fluxo de caixa, balanços e balancetes,
índices financeiros, demonstrações de origem e aplicação dos recursos, etc.
Se a
sua empresa pertence ao primeiro grupo, aquele que ainda sobrevive de achismos
e especulações, fica aqui um alerta: já passou da hora de se estruturar
adequadamente e contar com essas ferramentas. O risco é grande. Importantes
decisões podem não estar sendo tomadas!
Agora,
se a sua empresa transformou a DRE em uma prática do dia a dia, e a utiliza com
naturalidade, parabéns. Vocês estão no caminho certo, e se ainda não colheram
os frutos desejados, em breve colherão. É uma questão de tempo!
Bom
trabalho e sucesso a todos!
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