Artigo escrito por Marco Antonio Oliveira
Neves, Diretor da Tigerlog, Consultoria e Treinamento em Logística Ltda.
A
esta altura do campeonato você já percebeu que não dá para “fazer mais do
mesmo”. Você acredita que sobreviverá a um ambiente com vendas em queda
vertiginosa, margens muito baixas e até mesmo negativas, pressão incessante por
melhores resultados, clientes impacientes, mal-humorados e muitas vezes
insatisfeitos, etc.?
Então,
pergunto-lhe, esteja você do lado dos Embarcadores ou do lado dos Prestadores
de Serviços: qual a sua grande “sacada” para “surfar” nesse tsunami?
Quem sabe este momento não seja o ideal para colocar em prática algo novo,
realmente diferente daquilo que o mercado ou que seus pares oferecem? Ou você
prefere continuar insistindo em fazer aquilo que todo mundo faz?
Veja
este exemplo, que interessante. Até alguns anos atrás, empresas como Prosegur,
Protege e Brinks apenas transportavam valores. Porém, diante da
necessidade de expandir negócios, aplicando seu know-how em lidar com
cargas de alto valor agregado, decidiram ampliar sua atuação para segmentos
como farmacêutico, telecomunicações, joias, eletroeletrônicos, metaloquímico,
etc.
Uma
outra transportadora, insatisfeita em atuar no segmento de carga geral, tanto
lotação como fracionado, decidiu transformar-se em uma empresa dedicada à
logística ambiental. Enquanto muitos “torciam o nariz” para os resíduos sólidos
e líquidos, ela enxergou ali uma excepcional oportunidade para ganhar dinheiro.
E está ganhando! O lixo está se transformando em algo tão valioso, que daqui a
pouco precisará de escolta para o seu transporte!
Outra
empresa se transformou em um dos mais especializados operadores em logística florestal.
Além do tradicional serviço de transporte de toras e de madeira
serrada/beneficiada, a empresa também atua na operação de destoca (extração dos
tocos de eucalipto e o seu aproveitamento de biomassa para energia), preparo do
solo e plantio de pinus e eucalipto, aplicação de herbicida, adubação, combate
a pragas e até na logística reversa de embalagens de mudas, de adubos e de
defensivos agrícolas.
Sob
o ponto de vista de quem contrata o frete, avalie, o que pode ser feito
diferente. Seu modelo (ou malha) logístico não poderia ser reavaliado? A forma
de contratação dos serviços de transporte e o modelo tarifário, são os ideais
para o atual momento? O processo de consolidação de cargas não pode ser
melhorado? O drop size e o transit-time, não podem ser revistos?
E os indicadores que você utiliza em seu dia a dia, realmente lhe proporcionam
informações para uma eficaz tomada de decisão? Não existem oportunidades para o
transporte colaborativo com outras empresas semelhantes ou complementares?
Volto
a lhe perguntar: qual a sua grande sacada para lidar com essa crise? Nenhum insight
tem “martelado” a sua cabeça? Vai ficar parado?
Na
logística e no transporte, precisamos correr muito para permanecer no mesmo
lugar. Lembre-se sempre disso! Bom trabalho!
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